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- A Bíblia e o Alcorão -

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                                           biblia e coral


    Quer o governo israelense ou os governos árabes que se opõem a Israel gostem ou não, a controvérsia na qual eles estão envolvidos é religiosa em sua essência e só pode ter uma solução religiosa. Essa solução, se for alcança­da, não dependerá de um voto nas Nações Unidas. Ela dependerá de qual autoridade religiosa será aceita como tendo a pa­lavra final. Será que serão os imãs, os aiatolás, os rabinos, o papa, ou as Escrituras dessas religiões? No último caso, será a Bíblia ou o Corão?

Os líderes do Vaticano estão convencidos de que a sua igreja fi­nalmente dará a resposta autorizada ao dilema mundial com relação a Jerusalém. É por isso que Roma se envolveu em seu acordo com Israel. O pontífice romano espera um dia presidir sobre uma parceria ecumênica entre judaísmo, islamismo e catolicismo roma­no (como o "verdadeiro cristianismo") - uma parceria na qual to­dos os três coexistirão pacificamente no mundo inteiro. O plano é que essas religiões tenham centros mundiais em Jerusalém sob a direção do Vaticano. Líderes israelenses aparentemente ignorantes das verdadeiras intenções do Vaticano, estão, infelizmente, partici­pando desse esquema.


 

A Necessidade de Discussões Abertas

 

 

 

Devemos, pois, fazer uma comparação breve mas cuidadosa do islamismo, do judaísmo e do cristianismo, inclusive da distinção entre catolicismo romano e cristianismo bíblico. Os assuntos envolvidos são realmente controversos e volúveis, mas devem ser encarados sem preconceitos. Para isso, deve haver uma sinceridade possível apenas pela falta de medo de ser atacado por aqueles que podem ficar ofendidos diante de uma opinião expressada francamente que não seja favorável à sua religião.

 

Existe pouco risco das depredações cruéis das guerras protestantes/católicas passadas serem, atualmente, repetidas. A ênfase hoje está no ecumenismo, apesar de ser por razões enganosas. Muçulmanos, porém, ainda ameaçam abertamente com a morte aqueles que não quiserem aceitar a sua religião; e o perigo de tornar-se vítima dos fundamentalistas islâmicos que praticam terrorismo mundial é muito real hoje. Alguém que já estudou o islamismo há anos e tem participado freqüentemente de discussões e debates com muçulmanos, disse com sabedoria:

 

Após anos lidando com muçulmanos, descobrimos que é essencial, no início, fazer com que concordem com o fato de que o Ocidente tem liberdade religiosa, o que significa que temos o direito de criticar a Bíblia, o Corão, o Hadith, os Vedas, o Livro de Mórmon e qualquer outro livro "sagrado".

 

Tais discussões não devem ser vistas como um ataque pessoal ou difamação. Elas devem ser desenroladas de maneira objetiva e séria para que a verdade seja descoberta.

 

Qualquer religião que se recusa a permitir que as pessoas examinem o seu livro sagrado usando as regras normais de pesquisa e lógica, evidentemente tem algo para esconder.1


 

Algumas Distinções Básicas

 

 

 

Os muçulmanos seguem o Corão, e os judeus, o Antigo Testamento. Os cristãos reconhecem o Antigo e o Novo Testamentos como inspirados por Deus e infalíveis; a autoridade final e suficiente em todos os assuntos da fé. Os muçulmanos acrescentaram o "Hadith", ou a tradição, com autoridade igual à do Corão, e o seguem mesmo quando ele contradiz o Corão. O catolicismo romano, da mesma forma, adicionou as suas tradições à altura da autoridade da Bíblia e as segue mesmo quando contradizem a Palavra de Deus. A Igreja Católica Romana, com seus papas, cardeais e bispos, afirma representar Cristo no mundo, insiste que só ela pode interpretar a Bíblia, e exige obediência a seus próprios rituais e regulamentos.

 

A declaração de infalibilidade da Igreja Católica Romana impe­de que ela confesse publicamente e se arrependa de sua atitude an­ti-semita por toda a história, de seu apoio a Hitler e Mussolini, e de sua política de genocídio através dos séculos com relação aos cristãos que não se curvavam à sua autoridade.

 

O islamismo reconhece Jesus Cristo como um grande profeta nascido da virgem (Sura 3.47; 21.91; etc.) que viveu uma vida perfeita, enquanto os judeus, por outro lado, tendem a vê-L0 como um charlatão. O Corão, porém, é ambivalente com relação tanto no Antigo quanto ao Novo 

Testamento, parecendo, às vezes, apoiá-los e, outras vezes, contradizê-los, o que em si é uma contradição dentro das páginas do Corão. Tanto judeus como cristãos rejeitam a declaração de que o Corão é inspirado por Deus e o vêem como sendo composto pelo próprio Maomé e escrito por aqueles que o ouviram.


 

A Ambivalência do Islamismo em Relação à Bíblia

 

 

 

Na Sura 3.48 ("E ele [Alá] ensinará a ele [Jesus] a Escritura e sabedoria, e a Torá e o Evangelho"); na Sura 5.44 ("Nós revelamos o Torá, onde está orientação e uma luz"); na Sura 5.46 ("Nós derra­mamos sobre ele [Jesus] o Evangelho onde está orientação e uma luz"); e na Sura 5.48 ("Nós revelamos a Escritura com a verdade, confirmando qualquer Escritura que estava antes dela"), o Corão parece aceitar as Escrituras judaicas e cristãs. A Sura 40.53 declara claramente: "E nós verdadeiramente demos a Moisés a orientação, e nós causamos os Filhos de Israel a herdar as Escrituras."

 

No entanto, o islamismo na verdade aceita apenas a Torá (os pri­meiros cinco livros da Bíblia - Sura 2.87), os Salmos de Davi, e os quatro Evangelhos. Mais tarde, para evitar um conflito óbvio entre a Bíblia e o islamismo, o Corão afirma que essas Escrituras judaicas e cristãs foram pervertidas e substituídas pela nova revelação divina registrada no Corão.

 

Mas a evidência arqueológica é surpreendente, pelo fato de que hoje a nossa Bíblia, tanto o Velho como o Novo Testamentos, é exatamente a mesma de quando foi escrita originalmente e que ela, não o Corão, é um registro confiável. Certamente não houve mudanças na Bíblia durante a vida de Maomé e assim, não se justifica a sua aprovação inicial da Bíblia e, mais tarde, a rejeição ou contradição dela.


 

Mudanças no Corão

 

 

 

Além disso, é um fato muito conhecido e até reconhecido por estudiosos islâmicos de que várias mudanças foram feitas no Corão. Ali Dashti explica que um dos seguidores de Mao­mé, Abdollah Sarh, fez muitas sugestões ao profeta sobre como melhorar o Corão refraseando, adicionando, ou tirando algo dele, sugestões que Maomé seguiu. Finalmente, no entanto, Sarh deixou o islamismo, quando acabou chegando à conclu­são óbvia de que se o Corão fosse realmente de Deus, não pre­cisaria melhorar a sua linguagem e seus conceitos e não pode­ria ser mudado. Quando Meca foi conquistada, Abdollah Sarh foi um dos primeiros a ser sentenciado à morte por Maomé, um destino que o Corão impõe a todos que deixam o islamis­mo. No caso de Sarh, porém, havia uma razão convincente pa­ra sua morte: ele sabia demais.

 

Foi Caliph Uthman que, com muito trabalho, reuniu o texto pa­dronizado do Corão normalmente aceito hoje. Não houve um "ma­nuscrito original" do Corão, como os muçulmanos em geral acredi­tam. Na verdade, existiram muitas versões que foram copiadas das anotações em pedaços de folhas, cascas de árvore, ossos, e pedras. Essas versões se contradiziam em certos lugares, eram de comprimentos variados, e continham variações confusas de linguagem. Como um autor demonstrou:

 

Quanto ao trabalho de Caliph Uthman, as seguintes perguntas his­tóricas devem ser feitas:

 

1. Por que ele teve de padronizar um texto comum se um texto [original] padrão já existia?

 

2. Por que ele tentou destruir todos os "outros" manuscritos se não havia manuscritos que se contradiziam?

 

3. Por que ele teve de usar a pena de morte para forçar as pes­soas a aceitarem o seu texto, se todos tinham o mesmo texto?

 

4. Por que muitas pessoas rejeitaram o seu texto em favor de seus próprios textos?

 

Essas quatro perguntas revelam o estado de confusão e contradi­ção total que existia na época de Uthman por causa do texto do Quran [Corão].

 

O fato dele ter mandado todas as cópias antigas do Quran serem destruídas revela o seu medo de que tais cópias mostrassem que seu próprio texto era deficiente tanto por adição a ou subtração do que Maomé realmente disse.

 

Felizmente, alguns dos materiais antigos sobreviveram e foram re­cuperados por estudiosos como Arthur Jeffery.

 

Estudiosos ocidentais demonstraram sem sombra de dúvida que o texto de Uthman não contém todo o Quran. E o que contém não está correto em toda a sua linguagem.

 

Quanto à afirmação muçulmana de que o Quran não pode ser traduzido, é incrível para nós que o muçulmano inglês Mohammed Pick-thal pôde ser capaz de afirmar: "O Corão não pode ser traduzido" (p. vii), na própria introdução do Corão de sua excelente tradução!...

 

A verdadeira história da coleção e da criação do texto do Quran revela que as afirmações muçulmanas [de perfeição] são realmente fictícias e não estão de acordo com os fatos. As impressões digitais podem servistas em cada página como testemunhas de sua origem humana.2

 

 

 

Um Pecador Revelando a Palavra de Deus?

 

 

 

Mesmo o muçulmano que nega que o próprio Maomé escreveu o Corão, crendo que ele foi o profeta inspirado através do qual Alá deu essa nova revelação, deve se preocupar com as admitidas imperfeições morais de Maomé. Por que Alá não escolheria um instru­mento santo pelo qual falar a sua palavra? A Bíblia declara que suas páginas não foram escritas "por vontade humana, entretanto ho­mens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1.21).Esse, obviamente, não foi o caso do Corão.

 

Historiadores árabes admitem que, ao contrário da vida perfeita de Jesus, Maomé mentiu, enganou, cobiçou, trapaceou, roubou, e matou, e, muitas vezes, fez tudo isso em nome de Alá. Ele tinha vá­rias mulheres (pelo menos 16 são nomeadas - além das concubinas - quatro vezes as quatro esposas permitidas pelo Corão). Inclusive, uma das esposas de Maomé só tinha oito anos e ainda brincava com brinquedos (de acordo com o Hadith) quando ele a tirou de seus pais para a cama dele. É difícil sugerir que Maomé tenha dei­xado um exemplo de boa moral para seus seguidores! Na verdade, o Corão deixa claro que Maomé era um pecador que precisava do perdão de Alá (Sura 40.55; etc).

 

 

 

Contradições, Contradições...

 

 

 

Em qualquer comparação entre a Bíblia e o Corão nota-se ime­diatamente numerosas contradições e sérios conflitos em alguns dos assuntos mais importantes. O fato óbvio de que ambos não po­dem estar corretos força o investigador a fazer uma escolha entre eles. O Corão conta algumas das mesmas histórias que a Bíblia, mas geralmente de um ângulo completamente diferente. Por exem­plo, onde a Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, deixa claro que toda a família de Noé foi salva para repovoar a terra após o dilúvio, o Corão afirma que um dos filhos de Noé se recu­sou a entrar na arca e se afogou:

 

 

 

Noé clamou para seu filho... Ó filho meu! Venha conosco, e não fique com os descrentes. Ele disse: Eu irei para alguma montanha que me salvará da água... então ele se afogou (Sura 11.42,43).

 

 

 

De acordo com a Bíblia, no entanto, "entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos" (Gênesis 7.7). Ambos, o Corão e a Bíblia, não podem ser verdadeiros. Como podemos decidir entre eles? A resposta a essa pergunta não é difícil.

 

No seu relatório impreciso, do qual os detalhes dados na Bíblia estão faltando, o Corão não nos dá o nome do filho que supostamente se afogou. Em contraste, a Bíblia não somente dá os nomes de todos os três filhos de Noé, mas uma genealogia e um registro historicamente verificáveis de seus descendentes (que repovoaram a terra) por muitas gerações após o dilúvio, incluindo nomes, lo­cais, e características nacionais:

 

"São estas as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio... São estas as famílias dos filhos de Noé... e destes foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio [seguido de detalhes]" (Gênesis 10.1,32).

 

Não é razoável imaginar que na Bíblia tenha inventado a genealogia pós-dilúvio inteira e a história de um dos filhos de Noé que, na verdade, teria morrido no dilúvio. É muito mais provável que a contínua distorção que Maomé faz das histórias bíblicas reflita o fato dele ser iletrado (Sura 7.158) e por isso jamais tenha lido a Bí­blia por si próprio. Acredita-se que o seu conhecimento falho re­sultou de memórias parciais e confusas de conversas com cristãos e judeus, alguns dos quais adulteraram as histórias bíblicas que con­taram a Maomé. A Encyclopedia Britannica sugere que a distorção da narrativa bíblica -pode, na maioria dos casos, ser encontrada nas anedotas legen­dárias do Hagada judeu e dos Evangelhos Apócrifos... Não há evi­dências de que [Maomé] sabia ler e a sua dependência da comuni­cação oral pode explicar alguns de seus erros [e] confusões...3

 

 

 

Várias outras contradições demonstram que o Corão está errado. Um dos erros mais óbvios é sua afirmação de que Abraão e Ismael participaram da construção da Caába, um templo pagão. Essa afir­mação obviamente não é verdadeira em vista da condenação da idolatria por Deus, a quem Abraão conhecia e adorava. Também a afirmação do Corão de que Abraão e sua descendência viveram no Vale de Meca (Sura 14.37) é indubitavelmente falsa, porque a Ter­ra Prometida era Canaã, muito distante da Arábia Saudita. Mesmo os muçulmanos reconhecem que Abraão, Sara e outros parentes foram enterrados na Caverna de Macpela na terra de Israel. Toda evi­dência indica que o registro da Bíblia é o preciso. Ele coloca Abraão vivendo e morrendo na Terra Prometida de Canaã, onde foi sepultado ao lado dos ossos de Sara (Gênesis 23.19; 25.9).

 

 

 

Os Mal-Entendidos de Maomé

 

 

 

Há várias indicações no Corão dos mal-entendidos de Maomé com relação ao cristianismo. Por exemplo, Maria, a mãe de Jesus, é confundida com Miriam, a irmã de Moisés (Sura 19.28). Também há confusão entre as circunstâncias do nascimento de Jesus e a trá­gica fuga de Hagar quando ela foi expulsa da casa de Abraão. O Corão conta que Maria deu à luz a Jesus, sozinha, sem o seu marido, José, sob uma palmeira, com fome e sede (Sura 19.22-28), mas não explica como ou o porquê de uma mãe grávida ter se tornado vítima de circunstâncias tão anormais.

 

A Bíblia, por outro lado, não só conta que no nascimento de Jesus Maria estava acompanhada por seu marido José numa estrebaria em Belém, mas também explica porquê. Um decreto de César Augusto fez com que todo o mundo deveria pagar impostos. José teve de voltar à cidade de sua linhagem para se registrar e pagar impostos, assim como multidões de outros, fazendo com que a pe­quena hospedaria de Belém fosse incapaz de acomodar a todos. A data e ocorrência verdadeira dessa coleta de impostos é comprovada historicamente por fontes independentes, enquanto o registro vago e improvável no Corão não tem tal apoio.

 

Obviamente ambos, o Corão e a Bíblia, não podem estar corretos. As várias contradições óbvias entre os dois registros nos forçam a escolher em qual acreditar. Uma consideração importante é o fato de que o Corão foi oralmente recontado por Maomé cerca de 600 anos depois de Cristo, enquanto que o registro do Velho Testamento foi escrito mais de 1000 anos (em alguns casos 2000 anos) antes. É simplesmente lógico deduzir, barrando outras evidências contrárias, que o registro escrito mais próximo dos eventos deve ser o mais preciso.


 

Que Evidência de Validade?

 

 

 

Porém, não é apenas sua maior antigüidade que aponta o Antigo Testamento como o registro mais preciso. Sua precisão e autenticidade perfeitas estão garantidas de maneira singular, inigualável em qualquer outro lugar do mundo em literatura ou escrituras sagradas. O Antigo Testamento contém centenas de profecias específicas a respeito dos judeus, sua terra, e seu Messias que foram precisamente cumpridas centenas e, em alguns casos, milhares de anos depois de serem registradas pela primeira vez.

 

A impossibilidade matemática dessas profecias terem se cumprido pelo acaso prova que elas foram inspiradas por Deus. Tal evidência dá segurança de que o resto da Bíblia também foi inspirado divinamente e, logo, é igualmente confiável.

 

O Corão, por outro lado (como os Vedas hindus ou as escrituras de Confúcio ou de qualquer outra religião), nem tem profecias válidas, portanto, não prova a sua inspiração. Inclusive, no seu confli­to não só com a Bíblia mas com a história estabelecida, o próprio Corão prova que não é de Deus. Ele não pode ser verificado por qualquer outro meio e carece, pois, de provas de sua veracidade através de evidências inquestionáveis, tais como a Bíblia oferece. Como conseqüência, o islamismo consistentemente achou necessário impor-se sobre seus "convertidos" através da espada e do terror, como ainda tenta fazer até hoje.

 

A força não é a solução. No entanto, fundamentalistas islâmicos estão determinados a sujeitar não só os países árabes mas o mundo inteiro ao Corão, sob a ameaça de violência e morte. Embora Maomé, generosamente, tenha chamado cristãos e judeus a se unirem com os muçulmanos numa só religião (Sura 3.64), isso teria de ser feito em obediência a Alá e aceitando o Corão como a revelação mais recente que ultrapassava a Bíblia tanto dos cristãos como dos judeus.

 

 

 

Um Problema Básico

 

 

 

Ao contrário do Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, não hou­ve nenhum manuscrito original do qual o Corão foi derivado. Essa deficiência séria, naturalmente, gerou muita confusão. Maomé, sendo analfabeto, certamente não escreveu suas visões e revelações como elas ocorreram. Ele afirmou que o Corão existia no céu e que pedaços dele tinham sido revelados pelo anjo Gabriel, que o fazia decorar o que ouvia. Assim ele repetia essas revelações oralmente aos outros, que escreviam o que ouviam.

 

Foi somente depois da morte de Maomé que o Corão foi final­mente reunido. Isso foi realizado com base na memória daqueles que o ouviram falar e na reunião dos "pergaminhos, couro... fo­lhas de palmeiras de tâmaras, cascas de árvore, ossos, etc." em que seus ouvintes ávidos haviam escrito as revelações de Mao­mé.1 Esse tipo de preservação pode explicar parcialmente o por­que do Corão apresentar personagens e eventos bíblicos em con­tos obviamente fictícios.

 

O texto definitivo do Corão foi finalmente estabelecido em 933, trêsséculos depois da morte de Maomé. Os sunitas tiveram um pa­pel importante nesse processo. Eles desenvolveram, também, e se tornaram seguidores do Hadith (tradição islâmica coletada do teste­munho oral decorado e de aplicações de textos do Corão) que chegaram daqueles que conheceram o profeta. Os próprios sunitas es­tão divididos em várias escolas de interpretação atualmente.

 

Os xiitas, a segunda maior facção, rejeitam a tradição sunita e são fanáticos na sua adoração de Ali (o primeiro califa), que eles vieram a reverenciar como um mártir abençoado, sem pecado e in­falível, e reconhecido por alguns como a encarnação de Alá: "O oi­tavo imã era Riza, cuja sepultura em Mashhad, no nordeste da Pér­sia, é denominado de 'Glória do Mundo Xia'. Em 873, o décimo-segundo imã - Muhammad ibn Hasan - desapareceu no décimo segundo ano de sua vida; na crença xia, ele não morreu, mas espera sua hora de reaparecer e liderar os muçulmanos xiitas à supremacia e ao gozo universal."5

 

 

 

Contradições Internas

 

 

 

A sombra de dúvida que cai sobre o Corão é escurecida pelo fato de que, além de contradizer a Bíblia, ele se contradiz constante e seriamente. Essas discrepâncias são de natureza tal, que não podem nem ser desculpadas nem reconciliadas por qualquer racionalização. Por exemplo, a Sura 54.49-50 diz que Alá "criou tudo... num piscar de olhos". Mas de acordo com a Sura 41.9,12, Alá "criou a terra em dois Dias... [e] sete céus em dois Dias..." O verso 10 au­menta a confusão, dizendo que Alá "a abençoou [a terra] e mediu aí seu sustento em quatro Dias...

 

Numa contradição ainda maior, as Suras 7.54; 10.3; e 32.4 declaram: "Eis! seu Senhor é Alá Quem criou os céus e a terra em seis Dias... e o que há entre eles em Seis Dias." A Sura 32.5 explica que um dia é na verdade "mil anos do que vós conheceis", enquanto a Sura 70.4 declara que um dia com Alá "é cinqüenta mil anos". Nós ficamos imaginando, nesses casos e em outros, o que o Corão realmente quer dizer.

 

Há contradições demais no Corão para discuti-las todas aqui: erros de história, de lugar e de tempo, de nomes errados dados a muitos personagens bíblicos. Por exemplo, o Corão diz que o nome do pai de Abraão era Azar (Sura 6.75), quando a Bíblia diz que seu nome era Terah (Gênesis 11.26,31). Há também muitos erros científicos no Corão, enquanto na Bíblia não há nenhum. Até as lendas árabes são registradas como se realmente tivessem acontecido com pessoas reais. Para piorar a situação, muitos dos erros no Corão foram enganosamente encobertos pelos traduto­res. Robert Morey demonstrou:

 

 

 

Maomé criou discursos fictícios de pessoas na Bíblia usando tais palavras como "muçulmano" e "islamismo" [Sura 5.3; 61.7; etc] que não existiam nas línguas das pessoas supostamente citadas na época.

 

Isso seria tão ridículo quanto afirmar que Maomé disse: "Eu prefi­ro hambúrgueres do MacDonalds".

 

Obviamente, tal terminologia não existia na época de Maomé! E nem a terminologia de Maomé colocada nas bocas de personagens bíblicos [existia na sua época].

 

Todas as afirmações atribuídas a Abraão, Isaque, Jacó, Noé, Moisés, Jesus, etc. contêm palavras e frases que obviamente revelam que [nessas supostas conversas] são fraudes...6

 

 

 

O Conflito Mais Sério

 

 

 

Há uma contradição em particular entre o Corão e a Bíblia que merece nossa atenção especial por causa de sua grande importância, envolvendo a questão da identidade, crucificação e ressurreição de Cristo. O Corão admite o nascimento de Cristo de uma virgem (Sura 3.47; 19.20; 21.91; etc.) e que esse miraculoso evento tenha acontecido pelo Espírito de Deus (19.17,21). Já que não há pai humano, e Deus causou a concepção de Maria, a Bíblia chama Jesusde Filho de Deus. Ela nos diz que o anjo Gabriel disse a Ma­ria "Este [Jesus] será grande e será chamado Filho do Altíssimo [de Deus]..." (Lucas 1.32).Porém o Corão nega que Jesus seja o Filho de Deus (Sura 4.171), uma negação que parece contradizer a Sura 19.17-21.

 

O fundamento do cristianismo é Cristo ter morrido pelos nossos pecados na cruz. O Corão rejeita essa doutrina-chave. A Sura 4.157 declara que Jesus não foi crucificado: "Eles não o mataram nemcrucificaram, mas isso parecia assim a eles... eles o mataram mas não com certeza." O versículo seguinte parece indicar que Jesus nem morreu, mas foi levado vivo por Deus ao céu: "Mas Alá o levou para Si". Porém a Sura 19.33 conta que Jesus falou (incrivelmente, como um bebê na manjedoura - ver versos 29-33) sobre o dia de Sua morte e ressurreição: "Paz sobre mim no dia que eu nasci,e no dia que eu morrer, e no dia que serei ressurreto!" Novamente, o Corão nos deixa confusos num ponto principal do qual a Bíblia e a história dão testemunho claro e que confirmam.

 

Qual o significado dos sacrifícios do Antigo Testamento? Obviamente, o sangue de animais não podia perdoar os pecados. Esses sacrifícios, no entanto, tinham que ser figuras de um sacrifício futuro verdadeiro que pagaria justamente o preço do pecado. Que sacrifício seria esse? Como já vimos, os profetas bíblicos previram a vinda do Messias e Seu sofrimento e morte por nós. Ele seria o Cordeiro que Abraão disse que Deus daria.

 

Jesus morreu na cruz, não morreu? Até mesmo na sua negação da cruz, o islamismo se contradiz. Se Cristo ainda está vivo no céu, então como é que Maomé pode ser Seu sucessor? Alguns estudiosos muçulmanos crêem que as Suras 3.55 e 19.33 indicam que Cristo deve retornar a esta terra para morrer uma morte natu­ral antes do dia da ressurreição. Mesmo se isso fosse verdade, obviamente ainda não aconteceu, o que mais uma vez cria a dúvida de como Maomé (que está inquestionavelmente morto) pode ser o sucessor de Cristo, que ainda não morreu. Ao contrário do túmulo vazio de Jesus fora de Jerusalém, a sepultura de Maomé em Medina, à qual muçulmanos devotos fazem peregrinações, contém os restos do profeta morto.

 

 

 

E os Milagres?

 

 

 

Os milagres são outra comparação interessante. A Bíblia está cheia de registros de numerosos milagres que o Corão reconhece que ocorreram. Porém, não há milagre registrado no Corão. Apesar de ser o profeta original do Islamismo, Maomé não previu sua própria morte e não tomou nenhuma providência para ela ao apontar seu sucessor. Além disso, o próprio Corão deixa claro que Maomé não era capaz de realizar milagres (Sura 17.90-96; 29.50-52, etc).

 

Sim, a tradição recente atribui alguns milagres a Maomé, mas mesmo estudiosos islâmicos, tais como Ali Dashti, admitem que foram inventados mais tarde sem nenhum fundamento em fatos históricos. Dashti chama esses registros de milagres de "criação de mitos e fabricação de história dos muçulmanos".7 No entanto, o is­lamismo afirma ser superior ao cristianismo e se opõe firmemente a ele tanto quanto ao judaísmo. Um escritor árabe declara:

 

 

 

Os muçulmanos afirmam que respeitam a Jesus. Mas muitos de nós sabemos através da experiência que o islamismo é a religião mais anticristã na terra. Ele é muito mais antagonista à fé cristã do que o comunismo jamais foi... Com todas as perseguições que os cristãos sofreram na antiga União Soviética, a Igreja de Cristo ainda prosseguiu, apesar de ser oculta. Na China Comunista hoje, o cristianismo cresce. Mas confessar a Cristo para uma nação islâmica é considerado alta traição [pela qual a penalidade é a morte.] Nenhu­ma igreja é permitida - nem mesmo uma igreja oficial, como as que eram autorizadas pelos governos comunistas, tem a permissão de operar abertamente num país islâmico!8

 

 

 

Uma Escolha a Fazer

 

 

 

A Bíblia ou o Corão - qual é a revelação autorizada do verdadeiro Deus que criou o universo e a humanidade e a quem devemos prestar contas? Essa questão, obviamente, contém a chave da paz tanto no Oriente Médio como no resto do mundo. Conflitos de todosos tipos, tanto dentro de uma família, cidade, ou nação, ou guerras entre religiões, grupos étnicos ou nacionais, são todos causadospela busca de interesses egoístas.

 

O fato de um marido e sua esposa fazerem uma decisão sobre um acordo meio-a-meio não é solução para conflitos domésticos quando o egoísmo natural causa discussões para se definir o que é meio-a-meio. Só quando cada um ama o outro o suficiente para preferir o bem do outro antes de seus próprios desejos é que haverá harmonia real no lar. Assim são as coisas com irmãos e irmãs, pais e filhos, vizinhos e amigos.

 

De acordo com a Bíblia, o amor não é apenas uma emoção mas é mandamento de Deus. Então se decide, em obediência a Deus, amar mesmo os seus inimigos, e toda a humanidade como a si mesmo, como a Bíblia manda. Sem o reconhecimento de uma autoridade suprema e da disposição de obedecer a Seus mandamentos, esforços diplomáticos para alcançar a paz, com certeza, estão condenados ao fracasso.

A que autoridade o mundo deve se curvar? Será a Alá ou ao Deusda Bíblia? Esses dois não são o mesmo "Deus", tanto quanto o Corão através do qual Alá fala e a Bíblia através da qual Jeová fala não são o mesmo livro. Devemos obedecer ao Corão ou à Bíblia - ou a nenhum deles?

 

Se não nos submetermos a nenhuma dessas autoridades rivais, estamos buscando nosso próprio caminho e o mundo está conde-nado. Se nos submetermos ao Corão, o ingrediente essencial de amor está faltando, porque tal relacionamento está totalmente ausente do islamismo. Se, contudo, todo homem obedecesse aos mandamentos gêmeos da Bíblia - de amar a Deus de todo o seu coração e entendimento e ao próximo como a si mesmo - certa-mente haveria paz, e só assim.


Autor: Dave Hunt

1. Robert Morey, The Islamic Invasion: Confronting the World's Fastest Growing Religion (Harvest House Publishers, 1992), p. 132.

2. Ibid., pp. 125-27.

3. Encyclopedia Britannica, Vol. 13, p. 479.

4. Abdullah Mandudi, The Meaning of the Quran (Islamic Publications, Ltd., 1967), p. 17; Durant, op. cit., Vol. IV, pp. 164, 175, etc.

5. Durant, op. cit. Vol. IV, pp. 217-18.

6. Morey, op. cit., pp. 142-43.

7. Ali Dashti, 23 years: A Study of the Prophetic Carrer of Mahammad (London, 1985), p. 3.

8. Moshay, op. cit., p. 111.