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A Escatologia Adventista

A Escatologia Adventista

    Prisão circunstancial?

 

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Dialogando com os adventistas e lendo suas obras ficamos sabendo que eles crêem que após a Grande Tribulação terá lugar o arrebatamento da Igreja, quando todos os salvos serão arrebatados ao Céu, onde passarão mil anos. Nesse dia os ímpios serão mortos.

Assim se pode ver que os adventistas não crêem que o o Milênio será na Terra. Mas eles se esquecem que, se assim fosse, nenhuma necessidade haveria de se prender o diabo durante o milênio (ap 20.1-3,7, 8).

Raciocinemos: Se os salvos estarão no céu com Cristo, definitivamente livres dos enganos de Satanás, e  todos os perdidos mortos, para que prender o Diabo, objetivando tolher-lhe de enganar as nações?

A esta objeção os adventistas “respondem” dizendo que o Diabo não estará preso numa cadeia literal e, sim, numa cadeia circunstancial, isto é, ele não encontrará a quem enganar durante o milênio.

Ora, se quando a Bíblia diz que o Diabo será preso durante mil anos, está dizendo apenas que ele não terá a quem enganar nesse período, natural e necessariamente, quando diz que ele será solto, está apenas dizendo que ele terá a quem enganar novamente.

E aí perguntamos: A quem enganará o Diabo? E os adventistas respondem: “Aos que morrerem no dia do arrebatamento da igreja, os quais serão ressuscitados, no fim do milênio”.

Ora, como enganar ainda aqueles que morreram perdidos? Aquele que morreu perdido foi tão enganado que não tem como enganá-lo mais; esta conclusão dos adventistas é um disparate tão grande que não dispomos de um adjetivo capaz de qualificá-lo à altura de seus méritos.

Quanto à “prisão circunstancial” de Satanás, argumentamos que este raciocínio é tão absurdo quanto matar todas as mulheres de um país e depois dizer que prendeu o estuprador numa cadeia circunstancial, isto é, ele não terá mais a quem estuprar. Todos os que pregam doutrinas contrárias à Bíblia, mais cedo ou mais tarde terão que ou abandoná-las ou arranjar outras para justificá-las, pois “um abismo chama outro abismo” (Sl. 42.7).

Os adventistas, tentando provar que todos os ímpios serão mortos no dia do arrebatamento, citam Ap 19.20-21, onde se diz que “os demais foram mortos...”; mas “os demais” desta passagem bíblica diz respeito aos militares integrantes dos exércitos coligados ao Anticristo e não se trata duma referência à humanidade. “Os demais” aqui, não significa “os demais habitantes do planeta Terra” e, sim, “os demais personagens envolvidos no episódio de que trata o contexto”.

Para se chegar a esta conclusão, basta não interpretar o texto isolado do seu contexto. O texto fala da besta, os reis da Terra, seus exércitos e o falso profeta. E informa que destes, dois (a besta e o falso profeta) foram lançados vivos no lago de fogo. E os demais (os reis da Terra e seus exércitos) foram mortos.

Senão, vejamos: E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles. (Ap19.19-21)

Muitos pensam que nós, os evangélicos, cremos que os salvos irão para o Céu, os perdidos para o Inferno, e a Terra será destruída. Os que assim pensam, certamente não examinaram nossos compêndios teológicos.

Para que os adventistas compreendam porque discordamos da “escatologia” deles, julgamos importante informar como a Doutrina das Últimas Coisas está sistematizada nos compêndios teológicos que este autor considera respaldados pela Bíblia.

Vejamos abaixo uma sinopse dos principais eventos escatológicos em ordem cronológica:

 

 O Arrebatamento da Igreja e a Grande Tribulação

        “Haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21).

Nós, os cristãos desta Dispensação, não passaremos por essa grande tribulação que está por vir, pois a Bíblia diz que seremos guardados dessa hora ( Ap 3.10), isto é, seremos arrebatados ao Céu previamente. Portanto, Jo 14. 3; 1Ts 4. 16,17; 1 Co 15. 51,52; Hb 9. 28 etc., que tratam da primeira fase da segunda vinda de  Cristo para nos arrebatar ao Céu, se cumprirão antes da grande tribulação.

Muitos dos que não forem arrebatados ao Céu, no dia do arrebatamento da Igreja, se converterão e serão martirizados durante a grande tribulação (Ap 7. 14; 20. 4). São estes os integrantes da grande multidão mencionados em Ap 7.9.

Os membros dessa grande multidão também irão para o Céu (Ap7. 9), o que prova que eles terão o mesmo destino da Igreja e do povo de Deus do Antigo Testamento: a Nova Jerusalém (Fp 3. 20; Hb 11. 9, 10,12-16; Ap 21. 2-22. 5). E os que morrerem sem se converter durante a grande tribulação, para onde irão? Resposta: Nenhuma novidade. Suas almas irão para o lugar que os ímpios sempre foram.

        Possivelmente, muitos adventistas farão parte da grande multidão abordada em Ap 7.9, visto que quando perceberem que a Igreja foi arrebatada e eles ficaram, cairão em si, se converterão, desafiarão o Anticristo, sofrerão o martírio e irão para a Glória.

Todavia, o que desejamos para eles é que se convertam agora, passem a pertencer a Cristo e sejam arrebatados ao Céu no dia do rapto da Igreja.

 

A Manifestação de Jesus em Glória e o Armagedom.

      

Jesus disse que logo após a grande tribulação, Ele virá visivelmente (Mt 24. 29-30). Nesse dia se concretizará o tão comentado Armagedom (Ap 16. 13-16), que é o seguinte: Durante a grande tribulação, todas as nações do mundo (Zc 14. 2a), sob a influência demoníaca (Ap 16. 13-14), se aliarão ao Anticristo, e seus exércitos se congregarão no lugar que na língua hebraica se chama Armagedom (Ap 16. 16), numa renhida guerra contra os Judeus (Zc 14. 2a), os quais muito sofrerão (Zc 14. 2 b), e serão dizimados em dois terços (Zc 13. 8). Em meio a essa sangrenta batalha, Jesus se manifestará em glória (Mt 24. 30), e destruirá o exército inimigo dos judeus (Ap 19. 17, 18 , 21). Eis o Armagedom.

A manifestação de Jesus em glória, mencionada em Mt 24. 29,30, não deve ser confundida com o evento do qual trata Jo 14. 3;  e 1Ts 4. 16, 17; 1 Co 15. 51,52; Hb 9. 28 etc..

Veja que o arrebatamento da Igreja será antes da grande tribulação, como já vimos; ao passo que o evento do qual trata Mt 24. 29,30, será, segundo informou Jesus, “depois da aflição daqueles dias”, isto é, depois da grande tribulação.

 

O Juízo das Nações.

       No dia em que se concretizar o Armagedom, as nações serão julgadas (Mt 25. 31,33). O critério adotado será o tratamento que essas nações terão prestado aos judeus durante a grande tribulação (Mt 25. 34-46).

Este texto fala de ovelhas, bodes, e irmãos de Jesus. Os bodes, que serão postos à esquerda de Jesus, serão lançados no fogo eterno; as ovelhas, ouvirão o “vinde” de Jesus; e o motivo dessa acolhida que Cristo dispensará às ovelhas, será o tratamento que as mesmas terão dispensado aos irmãos de Jesus. Logo, as “ovelhas” e os “irmãos”, são distintos, isto é, um não é o outro.

Claro, ninguém pode ser recompensado por ter usado de bondade para consigo mesmo. Bodes, ovelhas, e irmãos, são, respectivamente: Os inimigos dos judeus; os amigos dos judeus, a saber, gentios convertidos; e os judeus convertidos.

 

 O Milênio.

Quando o Senhor destruir os exércitos inimigos de Israel no Armagedom; julgar as nações; lançar os bodes, a Besta e o falso profeta no lago de fogo; dar boas vindas às ovelhas; e prender o Diabo por mil anos, iniciar-se-á na face de toda a Terra, o Reino do qual a Bíblia tanto fala (Is 11. 6-9; 65. 20-25; Dn 2. 44; 7.13, 14, 27; 9.24; Zc 14.8-21; Mt 6.10; Ap 20.4-7 etc.).

 

O Juízo Final.

       Quando o Milênio terminar, Satanás será solto por um curto espaço de tempo (Ap 20. 3), e a seguir lançado definitivamente no lago de fogo, onde encontrará a Besta, o falso profeta, e os bodes, os quais foram lançados lá antes do Milênio, (como já observamos),com os quais será atormentado eternamente (Ap 20.10). Com a derrocada final do Diabo, coincidirá o Juízo Final, que é o momento em que Deus ressuscitará todos os mortos, os julgará, e lançará os ímpios no lago de fogo eterno (Ap 20. 11-13). Os que não forem condenados no Juízo das Nações, se permanecerem fiéis durante o Milênio, bem como após o Milênio quando Satanás for solto e os tentar, vão herdar a Terra.

 

A Purificação do Universo.

        A Terra e todos os demais planetas, bem como todos os astros, serão purificados com fogo (2 Pe 3. 7, 10-13).

Sob esse fogo a Terra vai perecer, isto é, será destruída (Sl 102. 25-27). A Bíblia diz que a Terra vai perecer (Hb 1.11), mas isso não significa que ela vá deixar de existir, e sim, que, ao ser derretida, ela perderá a sua forma. A esta conclusão chegamos, quando comparamos os textos bíblicos que falam da destruição da Terra, com Ec1.4, que nos assegura que ela para sempre permanece. Após ser expurgada à base de fogo, a Terra será restaurada à sua condição primitiva.

E esse lindo Paraíso será habitado eternamente. Falando sobre isto, disse o erudito Pastor Antonio Gilberto: Cumprir-se-á então também, plenamente, Mateus 5. 5: ‘Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra’...Ler ainda Salmos 37.11,29; 115. 16”. (O Calendário da Profecia, página 96). Vimos em 5.5, quem irá habitá-la.

        A exposição acima  representa a fé da maioria dos evangélicos.

Basta ler os compêndios teológicos da autoria de teólogos e pastores evangélicos, editados pelas editoras evangélicas, para chegar a esta conclusão.

Por exemplo, o Pastor Antonio Gilberto, em seu livro Daniel e Apocalipse, editado pela CPAD_ Casa Publicadora das Assembléias de Deus_ à página 182 afirma: “A Terra voltará ao estado de perfeição original, como era antes da entrada do pecado”. Nesta mesma página, explicando Ap 21.1, que diz que a Terra passará, disse: “ ‘Passaram,’ é no original  ‘parechomai’, e significa passar de um estado para o  outro. Não quer dizer aniquilamento”. E, como já vimos, ele disse ainda que então se cumprirá plenamente Mt 5. 5, que promete a Terra aos mansos.

        Até mesmo os hinos que cantamos em nossas igrejas, dizem que os evangélicos crêem na restauração da Terra, e que isto será efetuado com o propósito de torná-la deleitosa àqueles que forem designados para habitá-la. Veja estes exemplos:

 

Já refulge a glória eterna de Jesus o Rei dos reis

Breve os reinos deste mundo seguirão as sua leis

Os sinais da sua vinda mais se mostram cada vez

Vencendo vem Jesus

Eis que em glória refulgente sobre as nuvens descerá

As nações e reis da Terra com poder governará

Sim, em paz e em santidade toda Terra regerá

Vencendo vem Jesus

(Hino 112 do Cantor Cristão, hinário oficial dos batistas, grifo nosso)

 

Ressuscitou! Ressuscitou!

E para o Céu Jesus tornou

Mas voltará, também de lá

E neste mundo então reinará

(Hino 188 da antiga Harpa Cristã, hinário oficial das Assembléias de Deus, grifo nosso)

 

 Quando o povo israelita com Jesus se consertar

 Dando glórias ao seu nome sem cessar

 Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei

 entoando aleluias ao meu Rei

 (Ibidem, hino 3, grifo nosso)

 

Eterno Estado de Felicidade

        Quando o Universo for destruído e refeito, a Nova Jerusalém, que é a Cidade Celestial que Jesus preparou para nós, descerá do Céu e virá para cá (Ap 21. 9-27). “ Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei”, como bem o disse o poeta, autor do hino supracitado; pois então já se terá  cumprido o que também está previsto em Rm 9_11, isto é, os judeus já terão recebido a Jesus.

Recapitulando:

Do arrebatamento da Igreja, à restauração de todas as coisas, quando então ingressaremos no momento escatológico que geralmente é chamado de Feliz Estado Eterno, os principais eventos escatológicos se desenvolvem na seguinte ordem:

1) Arrebatamento da Igreja;

2) Grande tribulação;

3) Manifestação de Jesus em glória;

4) Armagedom;

5) Juízo das nações;

6) Milênio;

7) Juízo final;

8) Purificação do Universo;

9) Eterno estado de felicidade.

       Ratificamos que os que não subirem no dia do arrebatamento da Igreja, e se converterem no lapso de tempo entre o arrebatamento da Igreja e a Manifestação de Jesus em glória, e não morrerem, se forem fiéis durante o Milênio, bem como após o Milênio, quando Satanás for solto e os tentar, herdarão a Terra.

       Deixamos de abordar nesta sinopse escatológica vários pontos relevantes da Escatologia, como por exemplo, A Coroação da Igreja; As Bodas do Cordeiro; As Setenta semanas de Daniel; A Septuagésima Semana de Daniel, que é dividida em duas partes; As Dispensações; Os Períodos etc.. Se o leitor quiser aprofundar seus conhecimentos sobre Escatologia, sugerimos que estude os livros Daniel e Apocalipse, e O Calendário da Profecia, ambos da autoria do Pastor Antonio Gilberto, editados pela CPAD__ Casa Publicadora das Assembléias de Deus__ , que podem ser encontrados nas livrarias evangélicas.

 

Att: Elisson Freire